quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Misticismo (do grego μυστικός, transl. mystikos, um iniciado em uma religião de mistérios) é a busca da comunhão com a identidade, com, consciente ou consciência de uma derradeira realidade, divindade, verdade espiritual, ou Deus através da experiência direta ou intuitiva.[1]

Do livro de Jakob Böhme "O Príncipe dos Filósofos Divinos"[2], o misticismo se define por: o misticismo, em seu mais simples e essencial significado, é um tipo de religião que enfatiza a atenção imediata da relação direta e íntima com Deus,ou com a espiritualidade, com a consciência da Divina Presença. É a religião em seu mais apurado e intenso estágio de vida. O iniciado que alcançou o "segredo" foi chamado um místico. Os antigos cristãos empregavam a palavra "contemplação" para designar a experiência mística.

"O místico é aquele que aspira a uma união pessoal ou a unidade com o Absoluto, que ele pode chamar de Deus, Cósmico, Mente Universal, Ser Supremo, etc. (Lewis, Ralph M)" *[3]
Índice [esconder]
1 Visão geral
1.1 Definição
1.2 Na teologia
2 Citações no livro: O Mundo de Sophia
3 Místicos cristãos
4 Outros místicos
4.1 Outras personalidades místicas
5 Correntes Místicas
6 Místicos Orientais
7 Ver também
8 Ligações externas
9 Notas


Visão geral
A palavra "místico" era empregada pela primeira vez no Mundo Ocidental, nos escritos atribuídos a "[[Pseudo-Dionísio, o Arejkjk jopagita|Dionysius, o Aeropagite]]", que apareceu no final do século V. Dionysius empregou a palavra para expressar um tipo de"Teologia", mais do que uma experiência. Para ele e para muitos intérpretes, desde então, o misticismo se baseava em uma teoria ou sistema religioso que concebe Deus como absolutamente transcendente, além da Razão, do pensamento, do intelecto e de todos os processos mentais.

A palavra, desde então, tem sido usada para os tipos de "conhecimento" esotérico e teosófico, não suscetiveis de verificação. A essência do misiticismo é a experiência da comunicação direta com Deus.

A palavra misticismo tem origem no idioma Grêgo μυστικός = "iniciado" (nos "Mistérios de Eleusinian", μυστήρια = "mistérios", referindo-se as "Iniciações"[4]) é a busca para alcançar comunhão ou identidade consigo mesmo, lucidez ou consciência da realidade última, do divino, Verdade espiritual, ou Deus através da experiência direta, intuição, ou insight; e a crença que tal experiência é uma fonte importante de conhecimento, entendimento e sabedoria. As tradições podem incluir a crença na existência literal de realidades empíricas, além da percepção, ou a crença que uma verdadeira percepção humana do mundo trancenda o raciocínio lógico ou a compreensão intelectual.

O termo "misticismo" é freqüentemente usado para se referir a crenças que são externas a uma religião ou corrente principal, mas relacionado ou baseado numa doutrina religiosa da corrente principal. Por exemplo, Kabala é a seita mística dominante do judaísmo, Sufismo é a seita mística do Islã, e Gnosticismo refere geralmente a várias seitas místicas que surgiram como alternativas ao cristianismo. Enquanto religiões do Oriente tendem a achar o conceito de misticismo redundante, e o conhecimento tradicional e ritual são considerados como Esotericos, por exemplo, Vajrayana e Budismo.

Definição
Uma definição de misticismo não poderia ser ao mesmo tempo significativa e de abrangência suficientemente para incluir todos os tipos de experiências que têm sido descritas como "místicas".

Por definição natural, misticismo é a prática, estudo e aplicação das leis que unem o homem à Natureza e a Deus.

Desta forma, a Mística se distingue da Religião por referir-se à experiência direta e pessoal, com a divindade, com o transcendente, sem a necessidade de intermediários, dogmas ou de uma Teologia.

Na teologia
Conjunto de práticas religiosas que levam à contemplação dos atributos divinos. Estado natural ou disposição para as coisas místicas, religiosas; religiosidade.

Citações no livro: O Mundo de Sophia
Citando o livro "O Mundo de Sophia", quando fala sobre Misticismo:

Uma experiência mística significa experimentar a sensação de fundir sua alma com Deus. É que o "eu" que conhecemos não é nosso "eu" verdadeiro e os místicos procuravam conhecer um "eu" maior que pode possuir várias denominações: Deus, espírito cósmico, universo, etc. No entanto, para chegar a esse estado de plenitude, é preciso passar por um caminho de purificação e iluminação através de uma vida simples. Encontra-se tendências místicas nas maiorias religiões do mundo. Na mística ocidental ( judaísmo, cristianismo e islamismo ), o místico diz que seu encontro é com um Deus pessoal. Na oriental ( hinduísmo, budismo e religião chinesa ) o que se afirma é que há uma fusão total com deus, que é o espírito cósmico. É importante notar que essas correntes místicas já existiam muito antes de Platão e que pessoas de nossa época têm relatado experiências místicas como uma forma de experimentar o mundo sob a perspectiva da eternidade. (O Mundo de Sophia).

As correntes místicas pregam a experiência direta do divino, comumente chamada de experiência mística, e muitas vezes descrita como iluminação. A experiência mística é um estado de consciência em que o místico tem um vislumbre daquilo que está além deste plano físico, e muitas vezes é descrito como união com o Todo. Isto só pode ser alcançado, segundo os místicos, por uma disciplina espiritual que visa distanciar-se das coisas mundanas.

Muitas vezes a experiência mística é descrita por aqueles que a sentem como uma "visão ou percepção direta de Deus". Tais fenômenos estão presentes tanto no Velho Testamento quanto no Novo Testamento da Bíblia e na cultura oriental (budismo, hinduísmo, yoga, etc.).

O místico procura na prática espiritual e no estudo das coisas divinas, mais que na racionalidade, as bases para suas concepções de vida, embora muitas vezes o misticismo esteja envolvido com intrincados sistemas que o fundamentam. Este é o caso da Cabala, a tradição esotérica dos judeus.

A experiência mística é o modo como o místico entra em contato com o Divino.

Místicos cristãos
Agostinho de Hipona (354-430)
Angelus Silesius (1624-1677)
Anselmo de Cantuária (1033-1109)
Clemente de Alexandria (? - 216)
Emanuel Swedenborg (1688-1772)
Francisco de Assis (1181-1226)
George Fox (1624-1691)
Hildegarda de Bingen (1098-1179)
João da Cruz (1542-1591)
Jacob Boehme (1575-1624)
Max Heindel (1865 - 1919)
Mestre Eckhart (c. 1260 - 1327/8)
Teresa de Ávila (1515-1582)
Thomas Merton (1915-1968)
William Blake (1757-1827)
Jacques Fesch (1930-1957)


Outros místicos
Alguns exemplos de outros místicos:

Abdalfader foi uma personagem mística persa
Aldous Huxley
Aleister Crowley (magick e Thelema)
Allen Ginsberg
Bob Marley
Carlos Castaneda
Dinis de Portugal (o Rei-Poeta)
Elias Ashmole
Franz Bardon
Francis Bacon
Harvey Spencer Lewis (AMORC)
Isaac Newton
Jiddu Krishnamurti
Joseph Beuys
Leonardo da Vinci
Louis Claude de Saint-Martin
Michael Maier
Paracelso
Plotinus (Neo Platonismo)
Raimundo Irineu Serra
Ralph Waldo Emerson
Ramon Llull
Raul Seixas
René Descartes
Robert Fludd
Samael Aun Weor
Walt Whitman
William Shakespeare


Outras personalidades místicas
Séculos pré-Manifestos

Rainha Santa Isabel (alquimia das Rosas), Nostradamus, Michael Servetus, Luís Vaz de Camões, John Dee, Giordano Bruno, Heinrich Khunrath, Lutero, Caspar Schwenckfeld, Sebastian Franck, Valentin Weigel, Johann Arndt
Séculos XVII e XVIII

Coménio (Jan Amos Komenský), Gottfried Wilhelm Leibniz, Alessandro Cagliostro, Johann Wolfgang von Goethe, Conde de St. Germain, Johann Sebastian Bach
Séculos XIX e XX

Vitor Hugo, Paschal Beverly Randolph, Edward Bulwer-Lytton, Franz Bardon, Franz Hartmann, William Wynn Westcott, Samuel Liddell MacGregor Mathers, Richard Wagner, Rudolf Steiner, Max Heindel, Arnold Krumm-Heller, Reuben Swinburne Clymer, Harvey Spencer Lewis, George Alexander Sullivan, Hermann Hesse, J. van Rijckenborgh, Samael Aun Weor,Bhagwan Shree Rajneesh - Osho.
[editar] Correntes Místicas

O Olho que tudo vê ou Olho da Providência que aparece na torre da Catedral de Aachen.São doutrinas ou correntes de pensamento que podem ser consideradas vertentes do Misticismo:

Alta Magia Prática de Franz Bardon
Budismo
Cabala
Cristianismo místico
Gnosticismo
Grande Fraternidade Branca
Martinismo
Rosacrucianismo
Santo Daime
Sufismo
Taoísmo
Xamanismo
Yoga
Essênios
Místicos Orientais

Uma grande estátua em Bangalore retratando Shiva meditandoBuda
Lao Tsé
Swami Sivananda
Zoroastro
Ramana Maharshi
Bhagwan Shree Rajneesh - Osho
[editar] Ver também
Alquimia
Essênios
Esoterismo
Hermetismo
Magia
Ocultismo
Teosofia
Rosacrucianismo
Deus
Parapsicologia
Neuroteologia
Pseudociência
[editar] Ligações externas
Curso de Alta Magia de Franz Bardon
Curiosidades sobre Franz Bardon e cursos
Ordem Martinista dos Essênios
Site sobre os fenômenos da pesquisa psi
Wikipédia em Inglês

Notas
↑ James, William. The Varieties of Religious Experience: A Study in Human Nature. ISBN 0-679-64011-8
↑ Do livro: Jacob Boehme - O Príncipe dos Filósofos Divinos página 29 (Título original: BOEME (RAD10 - SUPREMA GRANDE LOJA - AMORC) 1º Edição em Língua Portuguesa, Setembro de 1983 Biblioteca Rosacruz. Composto e Impresso na Grande Loja do Brasil - Curitiba, Paraná
↑ * ::Lewis, Ralph M., ALQUIMIA MENTAL, Biblioteca Rosacruz, Editora Renes, Rio de Janeiro, número XX, 1982.
↑ Os Mistérios Eleusinianos, ou Religião de mistérios em geral, não necessáriamente envolvendo o misticismo; o significado presente do termo surgiu, antes, via Platonismo e Neoplatonismo, que faz referência à iniciação de Eleusinian como uma metáfora para a "iniciação" as verdades espirituais.