terça-feira, 23 de março de 2010

Fundamentos da Orientação Humanista

PSICOLOGIA HUMANISTA


Amauri Munguba Cardoso






ORIGEM E CONTEXTO




Desenvolvimento nas décadas de 50 e 60.
Foi considerada como a 3ª Força na Psicologia.
Abrahan Maslow e Carl Rogers foram seus maiores incentivadores.





Biografia de
CARL ROGERS


Nasceu em 08.01.1902, numa família protestante fundamentalista no estado de Ilinois.
Viveu sua infância em profundo isolamento, se dedicando aos estudos.
Iniciou sua graduação em Teologia, mas no 2º ano, numa viagem à china, resolveu mudar para a Psicologia.
Trabalhou por 12 anos com crianças num Centro de Orientação em Rochester, utilizando recursos da Psicanalíticos e Comportamentais.





Biografia de
CARL ROGERS


Em 1939 publicou O Tratamento Clínico da Criança Problema.
No mesmo ano foi convidado a lecionar na Universidade de Ohaio.
Em 1945 foi convidado pela Universidade de Chicago, onde criou um Centro de Aconselhamento, aplicando suas novas idéias.
Em 1951 publicou Terapia Centrada no Cliente, que foi considerado revolucionário e muito criticado.
Viveu um período de esgotamento emocional. Interrompeu o trabalho por 3 meses e fez terapia com um colega.





Biografia de
CARL ROGERS


Em 1957 foi para a Universidade de Winsconsin, até perceber que não tinha liberdade para ensinar e nem os alunos pra aprender.
Em 1961 publicou Tornar-se Pessoa.
Em 1969 publicou Liberdade para Aprender.
Em 1970 publicou Grupos de Encontro.
Em 1972 publicou Novas Formas de Amor.
Criou na Califórnia o Centro de Estudos da Pessoa.
Visitou o Brasil em 1977, 78 e 85.
Faleceu em 1987, aos 85 anos, ainda escrevendo e se dedicando à jardinagem, ao lado de colegas mais jovens, filhos e netos.





Carl Rogers







DIFERENCIAIS DA PSICOLOGIA HUMANISTA




Consideração pelo homem como um todo.
Visão otimista do ser humano.
Ênfase na liberdade e intencionalidade humana.





PRINCIPAIS CONCEITOS



CONGRUÊNCIA


Corresponde à exatidão entre a experiência e a tomada de consciência.


Quando ocorrem diferenças entre a experiência, a tomada de consciência e a sua comunicação, surgem as Incongruências.





PRINCIPAIS CONCEITOS



TENDÊNCIA À AUTO-ATUALIZAÇÃO



O ser humano, como tudo que é vivo, possui um impulso inato para o desenvolvimento e a completude.


Mesmo que esta força se apresente embotada ou distorcida, continua presente, podendo ser despertada.





PRINCIPAIS CONCEITOS



CRESCIMENTO PSICOLÓGICO



É o movimento natural do organismo humano.
Ocorre mais livremente quando o indivíduo está em contato com seu próprio centro de autocorreção e/ou numa relação onde haja aceitação genuína.





PRINCIPAIS CONCEITOS



OBSTÁCULOS AO CRESCIMENTO


O mais conhecido obstáculo é a aceitação condicional (condições de valor), em que o ambiente rejeita certos aspectos do Self do indivíduo.


Isto pode levar o sujeito à incongruência, e ao aumento de sua vulnerabilidade e de suas defesas.





PRINCIPAIS CONCEITOS



TERAPIA CENTRADA NO CLIENTE


O cliente possui a chave de sua recuperação.


O processo terapêutico visa libertá-lo para que realize seu próprio desenvolvimento.


O relacionamento terapeuta-cliente se constitui numa experiência de crescimento (oferece um modelo relacional).





PRINCIPAIS CONCEITOS



TERAPEUTA CENTRADO NO CLIENTE


Cabe ao terapeuta estabelecer relacionamentos de calorosa e autêntica aceitação - consideração positiva e incondicional - com o cliente;


Deve evitar julgamentos ou se esconder por trás de um papel profissional.





QUESTÕES QUE UM TERAPEUTA DEVE FAZER A SI MESMO




Conseguirei ser de modo que possa ser apreendido pelo outro como merecedor de confiança, de forma segura e consistente, no sentido mais profundo do termo?


Poderei ser suficientemente expressivo para que a pessoa que eu sou se comunique sem ambigüidades?





QUESTÕES QUE UM TERAPEUTA DEVE FAZER A SI MESMO



Serei capaz de ter uma atitude positiva para com o outro, uma atitude de calor, atenção, afeição, interesse e respeito?


Poderei ser suficientemente forte como pessoa para independer do outro?


Estarei seguro o bastante para permitir ao outro ser independente?


Poderei entrar no mundo dos sentimentos e das concepções pessoais do outro e vê-lo como se vê, sem julgá-lo?





QUESTÕES QUE UM TERAPEUTA DEVE FAZER A SI MESMO




Poderei aceitar todas as facetas que a outra pessoa me apresenta, aceitando-a como é?


Poderei agir na relação com suficiente delicadeza para que a minha atitude não seja tida como ameaçadora?


Poderei libertar o outro do receio de ser julgado?


Serei capaz de ver o outro indivíduo como uma pessoa em processo de transformação, sem estar preso ao meu ou ao seu passado?






“ALGUMAS COISAS
FUNDAMENTAIS QUE APRENDI:”



Nas minhas relações com as pessoas descobri que não ajuda, a longo prazo, agir como se eu não fosse quem sou.


Descobri que sou mais eficaz quando me posso ouvir a mim mesmo aceitando-me, e quando posso ser eu mesmo.


Atribuo enorme valor ao fato de permitir-me compreender uma outra pessoa.


É sempre altamente enriquecedor poder aceitar outra pessoa.






“ALGUMAS COISAS
FUNDAMENTAIS QUE APRENDI:”




Verifiquei que me enriquece abrir canais através dos quais os outros possam comunicar os seus sentimentos, a sua particular percepção do mundo.


Quanto mais aberto estou às realidades em mim mesmo e nos outros, menos me vejo tentado a remediar as coisas.


Posso ter confiança na minha experiência. A experiência é, para mim, a suprema autoridade.


As apreciações dos outros não me servem como guia.





“Se eu deixar de interferir nas pessoas,

elas se encarregam de si mesmas;


Se eu deixar de comandar as pessoas,

elas se comportam por si mesmas;


Se eu deixar de pregar às pessoas,

elas se aperfeiçoam por si mesmas;


Se eu deixar de me impor às pessoas,

elas se tornam elas mesmas.”


Lao-Tsé

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